Concepción: O trabalhador do comercio informal de rua. A produção efêmera do espaço na crise social.
DOI:
https://doi.org/10.22320/07196466.2020.38.057.08Palavras-chave:
produção efêmera do espaço, comercio informal, trabalhador do espaço público, espaço urbano, revolução socialResumo
As cidades modernas apresentam um grande problema: o mito do poder da tecnocracia (Lefebvre) onde a produção baseada em normas institucionais e regras (padrão) resultam em espaços repletos de contradições (alguns tangíveis e outros não). Um exemplo antíteses de essa cidade tecnocrática pode ser a práxis do comercio informal de rua, que historicamente há produzido espaços efêmeros, que contraditoriamente ao sentido antológico, é perene – tem resistido a opressão e repressão – e conseguido manter seu trabalho, assim como o direito de ocupar e habitar a cidade. Nesse sentido, o “despertar social” de 18 de outubro, em plena primavera chilena aclaram sobre diferentes inciativas em direção as formas de representação social e reapropriação dos espaços sociais e urbanos, em um momento em que esse desejo da sociedade é personificada por milhares de manifestantes nas ruas reivindicando dignidade, justiça e direitos. A partir desse cenário, a proposta deste artigo é mostrar as ações do comercio informal de rua no que diz respeito a produção efêmera do espaço, cujo resultado indica um instinto político, uma intuição e sagacidade em seu caráter, que os têm ajudado a traspassar os obstáculos cotidianos, permitindo-os resistir e permanecer na cidade. Para esse estudo, se apresenta a experiência dos trabalhadores do comercio informal de rua de Concepción, Chile, a terceira maior e mais importante cidade do país, a qual o número destes trabalhadores é expressivo e seu comportamento tem chamado atenção durante as manifestações sociais.
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