Monumentos enfrentados: novos papéis do patrimônio diante das desavenças sociais
DOI:
https://doi.org/10.22320/07196466.2020.38.058.03Palavras-chave:
monumentos, patrimônio cultural, teoria da restauração, movimentos sociais, memóriaResumo
O ataque a monumentos —pinturas, mutilações, demolições— recentemente vistos em todo o mundo, não pode passar despercebido aos estudiosos do patrimônio. É um fenômeno que anuncia a obsolescência das ideias e teorias até então adotadas sobre o patrimônio e sua conservação. Ao longo da obra, é refletida sobre o patrimônio como patrimônio cultural, e é explicado como os monumentos comemorativos se diferenciam dos monumentos históricos, questão que adquire centralidade quando se fala em museificação e petrificação do patrimônio. Para colocar este fenômeno em realidade, três situações de assalto a monumentos são abordadas —a marcha de 8 de novembro de 2018 em Santiago do Chile, a demolição de estátuas nos Estados Unidos e na Inglaterra dentro do movimento black lives matter e o movimento #NoMeCuidanMeViolan no México— o último é tratado de forma mais extensa. A reflexão gira em torno das motivações que levam a essas ações sobre o patrimônio, das reações que se geram por parte dos grupos hegemônicos e, mais do que tudo, quanto às ressignificações e redefinições que estão ocorrendo ou que poderiam ser atribuídas a partir de tudo isso no patrimônio cultural.
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