Espaço Cotidiano
DOI:
https://doi.org/10.22320/07196466.2023.41.064.00Palavras-chave:
-Resumo
Esta edição da Arquitecturas del Sur apresenta três artigos dedicados à habitação coletiva, na medida em que o déficit habitacional deu origem a novas e melhores formas de participação cidadã voltadas à solução desse problema. A Casa de Passagem Indígena em Florianópolis aborda um problema essencialmente latino-americano, que é o acesso da população indígena à moradia subsidiada pelo Estado. Nesse caso, a presença de habitantes indígenas na cidade examina as possibilidades de espaços físicos e simbólicos na cidade contemporânea e o papel do profissional que explora possíveis respostas. Em seguida, o texto Vivienda colaborativa analisa o caso da habitação colaborativa desenvolvida na Espanha e sua relação com os mecanismos de gestão pública. O caso de Gran Canaria exercita questões de ajuda mútua, transferência de uso, cooperativismo e participação cidadã. Dessa forma, o sistema de autoconstrução da Junta da Andaluzia, uma prática tão eficaz quanto contestada, representativa de um cooperativismo socialista, e a coabitação desenvolvida pela Prefeitura de Barcelona, convergem no debate sobre a gestão cooperativa. O terceiro texto trata de um dos últimos eventos de divulgação das atividades da CORVI, antes de sua dissolução em 1976. Ele explorou um modelo de gestão que destacou o papel das empresas de construção como um novo ator no processo de fornecimento de moradias no caso da Población Santiago Amengual.
Um segundo grupo temático desta edição, materializado em seus três últimos artigos, volta seu olhar para os problemas estruturais da arquitetura atual, cuja presença tem se ampliado no debate disciplinar. Os lugares de memória parecem ir além das margens de uma compreensão baseada no discurso do patrimônio. A lembrança e o pertencimento a espaços cotidianos nos remetem a núcleos de memória e coesão coletiva. Esse é o caso da Escuela Comunitaria - Centro de Memoria y Acción Integral para el Cuidado del Bosque de Galilea y el Territorio de Colombia. Da mesma forma, expressões individuais, isoladas e seletivas oferecem um exame daquelas experiências incomuns em que a alteridade exerce protagonismo sobre as experiências na arquitetura e na cidade de Santiago do Chile. Por fim, revisitar as obras de um mestre como Niemeyer abre a possibilidade de uma releitura a partir de ações basilares que refletem influências portuguesas em duas de suas obras: o complexo urbano de Pena Furada, em Portugal (1965) e a Praça XV, no Rio de Janeiro (1991).
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