Que critérios cromáticos utilizar para a restauração arquitetônica?
DOI:
https://doi.org/10.22320/07196466.2025.43.067.03Palavras-chave:
patrimônio cultural, superfície, cor, teoria, críticaResumo
Este artigo trata da escolha de cor nas superfícies do patrimônio edificado colocando-a como problema de imagem no âmbito da teoria e da crítica arquitetônica. Aborda-se a imagem como um mecanismo para percepção e memória humana e são apresentados os argumentos defendidos quanto ao uso da cor pelos principais expoentes da teoria da restauração, comparando essa produção teórica frente à realidade cromática de três núcleos urbanos tombados no Brasil. Tais locais refletem a imagem do patrimônio edificado fixada na memória da população brasileira, o que possibilita entendê-los como exemplos paradigmáticos. O trabalho observa as incoerências entre o discurso e a prática nas intervenções cromáticas e traz à luz a importância da teoria da restauração na criação de soluções alternativas. Demonstrando cenários possíveis e possibilidades de intervenções diferentes nas cores das superfícies arquitetônicas, o resultado traz para o debate a importância do conhecimento teórico para uma produção prática coerente com a noção de patrimônio cultural.
Downloads
Referências
AGUIAR, J. (2002). Cor e Cidade Histórica: Estudos cromáticos e conservação do patrimônio. Faculdade de Arquitectura da Universidade Porto publicações [FAUP], Lisboa.
ArchDaily. (2020). Casa de Innovación Cassina / Laurent Troost Architectures. Fotografias de Joana França, Laurent Troost, Alex Pazuelo, Brasil. https://www.archdaily.com.br/br/958210/casarao-da-inovacao-cassina-laurent-troost-architectures
ArchDaily. (2024). Casa Chamboirat / COVE Architectes. Fotografias de Charles Bouchaïb, Olivier Sabatier, Brasil. https://www.archdaily.com.br/br/1023190/casa-chamboirat-cove-architectes
BARRY, L. (2008). What it is. Drawn & Quarterly, Canadá.
BRANDI, C. (2008). Teoria da restauração. Ateliê Editorial. Tradução Beatriz Mugayar Kühl. 3. ed. Cotia, SP.
BRANDI, C. (2009). Il restauro: teoria e pratica. Editori Riuniti., Roma.
BONELLI, R. (1988). Restauro: l’immagine architettonica fra teoria e prassi. Storia architettura, 11, 55-14.
CARBONARA, G. (1997). Avvicinamento al restauro. Liguori. Napoli.
CARBONARA, G. (2020). Il tema del colore in architettura con una riflessione sul caso del Quartiere Coppedé in Roma. Magazine recupero e conservazione, 158, 10–19. https://www.recmagazine.it/sites/default/files/recmagazine158_carbonara.pdf
FLORENZANO, L. (2023). As cores das superfícies arquitetônicas no patrimônio urbano uma relação entre a imagem, as normativas de preservação e os princípios teóricos do restauro crítico [Tese de doutoramento não publicada]. Universidade Federal do Rio de Janeiro.
FOSTER, H. (2021). O que vem depois da farsa? Ubu Editora. São Paulo.
KÜHL, B. M. (2004). O tratamento das superfícies arquitetônicas como problema teórico da restauração. Anais Do Museu Paulista: História E Cultura Material, 12(1), 309-330. https://doi.org/10.1590/S0101-47142004000100021
MONTANER, J. M. (2022). Arquitetura e Crítica. Olhares. Barcelona.
MORA, P., Y MORA, L. (1984). Le Superfici Architettoniche, Materiale e Colore in Bureca, A., and Palandri, G., (Eds.). Intonaci colore e coloriture nell’edilizia storica. Atti del Convegno, 25-27 October 1984, Bollettino d'Arte, 6(numerous special) pp. 17-24, Istituto Poligrafico dello Stato, Roma.
MOTTA, L. (1987). A Sphan em Ouro Preto, uma história de conceitos e critérios. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, (22), 108-122. https://docvirt.com/docreader.net/DocReader.aspx?bib=reviphan&pagfis=8015
MOTTA, L. (2008). Patrimônio urbano e memória social – uma avaliação sobre o descompasso entre discursos e ações de preservação in Correia, M. R. (Org.). Oficina de Estudos da Preservação - Coletânea I. 1ed. Rio de Janeiro: IPHAN-Rio.
MURATORE, O. (2010). Il colore dell′ architettura storica. Un tema de restauro. Alinea Editrice. Roma.
NESBITT, K. (Org.) (2008). Uma nova agenda para arquitetura. Antologia Teórica (1965-1995). Coleção Face Norte, volume 10. Cosac Naify, São Paulo.
PALLASMAA, J. (2013). A imagem corporificada: Imaginação e Imaginário na Arquitetura. Bookman Editora. Porto Alegre.
PESSÔA, J. S. DE B.(2011). O aprendizado sobre as técnicas construtivas coloniais nas primeiras restaurações do SPHAN [Seminário]. História da Construção Luso-Brasileira. Brasil.
PHILIPPOT, P. (1966). La notion de patine et le nettoyage des peintures. Bulletin de l’Institut Royale du Patrimoine Artistique, Bruxelles, 9, p. 138-143. https://difusion.ulb.ac.be/vufind/Record/ULB-DIPOT:oai:dipot.ulb.ac.be:2013/238777/Holdings
Santopuoli, N. (2015). Il rilievo del colore per il restauro delle superfici architettoniche. DisegnareCon, 8(14), 11.1-11.10. https://disegnarecon.univaq.it/ojs/index.php/disegnarecon/article/view/21/16
TURCO, M. G. (10-11 novembre 2018). Coloriture architettoniche: questioni aperte, Restauro e Architettura. Problemi di tutela e conservazione [Sessione della conferenza]. Vuolsi aiutare quel ch’è fatto, e non guastare quello che s’abbia a fare. Atti del V Seminario di formazione per gli insegnanti, Musei Vaticani, Anisa per l’educazione, Roma, Italy.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2025 Luciana da-Silva-Florenzano, Rosina Trevisan-Martins-Ribeiro

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-CompartilhaIgual 4.0.
O conteúdo dos artigos publicados em cada número da Arquitectura del Sur, é de responsabilidade exclusiva dos autores e não representam necessariamente o pensamento, ou compartem a opinião da Universidade de Bío-Bío. Os autores têm seus direitos autorais conservados, e garantiram à revista o direito de primeira publicação e difusão de sua obra. A publicação do artigo na Arquitectura del Sur estará sujeita à Licencia de Reconocimiento de Creative Commons CC BY-SA isso permite que outros se Adaptem: remixam, transformam e constroem o material para qualquer finalidade, inclusive comercialmente, Compartilhe: copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato, desde que a autoria e a primeira publicação desta revista sejam reconhecidas, citando-a corretamente , bem como suas novas criações estão sob uma licença com os mesmos termos.