Narrativas en disputa

el desastre criminal de Samarco / Vale / BHP en Mariana (MG)

Autores

  • Claudia Mayorga Universidade Federal de Minas Gerais
  • Ananda Carvalho Universidade de Coimbra
  • Letícia Barreto Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.22320/24525413.2019.01.01.02

Palavras-chave:

Desastre-crimen; disputas narrativas; Rio Doce

Resumo

O rompimento da barragem de rejeitos de Fundão em 2015 resultou em um desastre de alargadas proporções e proliferam-se discursos sobre o desastre, que enunciam distintas compreensões e posicionamentos políticos, bem como ensejam intervenções e encaminhamentos diversos. Objetivamos analisar as narrativas que descrevem o desastre, visando alcançar as percepções e os arranjos de sentido que as fundamentam, recorrendo ao levantamento e sistematização de produções teóricas, técnicas e midiáticas. Os resultados indicam que há uma diversidade de expressões que são acessadas para fazer referência ao desastre, às suas consequências e às pessoas que sofrem as mesmas. Os termos diversos sinalizam a adoção de discursos em consonância com interesses da empresa ou das pessoas atingidas, como é o caso do binômio evento/ impactados em contrapartida ao desastre/ atingidos. Em outros casos há o uso indiscriminado dos termos, evidenciando que falta clareza nos seus significados ou nos sentidos que permeiam as opções.

Biografias Autor

Claudia Mayorga, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Psicologia Social pela Universidade Complutense de Madri - Espanha com foco em estudo sobre gênero, política e feminismo. É professora do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais e do Programa de Pós-graduação em Psicologia. Coordena o Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão Conexões de Saberes na UFMG. Atuou como pesquisadora visitante na Universidade Complutense de Madrid (2011 e 2012). Atualmente é co-editora da Revista Psicoperspectivas - Chile (Qualis B1). Foi editora chefe da Revista Psicologia & Sociedade (Qualis A2), periódico científico da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO) (2012-2015) e Editora da Revista Interfaces - Revista de Extensão da UFMG (Qualis B3 -Interdisciplinar) de 2015 a 2018. Foi membro do Comitê Editorial de Scielo em Perspectiva - Humanas (2014 e 2015). Foi membro da Diretoria Nacional da Abrapso (2004/2005) e vice-presidente da Abrapso Regional Minas (2006/2007). Como editora da Revista Psicologia & Sociedade, recebeu grant da American Psychological Association (2012/2013). Foi coordenadorda da Formação Transversal em Direitos Humanos da UFMG (2017 e 2018). Áreas de pesquisa e extensão: Psicologia Social e Feminismo com os seguintes temas: análise interseccional da desigualdade social brasileira; psicologia comunitária e intervenção psicossocial; participação social e política; democratização da universidade e ações afirmativas; epistemologia feminista e metodologias participativas. Foi Pró-reitora adjunta de extensão da UFMG (2014-2018). Atualmente é Pró-reitora de Extensão da UFMG (2018-2022).

Ananda Carvalho, Universidade de Coimbra

Doutoranda em Discursos: Cultura, História e Sociedade no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (Portugal). Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG/ 2018), com pesquisa sobre os desdobramentos apostos ao rompimento da barragem de Fundão em Mariana/ MG. Graduada em Psicologia pela UFMG (2014), com ênfase em Processos Psicossociais e Formação Complementar Aberta em Direito. Foi bolsista de apoio técnico do Observatório Interinstitucional do Desastre Mariana - Rio Doce (FAPEMIG), orientadora voluntária de grupo de estudos na Clínica de Direitos Humanos da Faculdade de Direito da UFMG (eixo Mineração e Territórios de Resistência) e integrante voluntária do Projeto Mobiliza Rio Doce, vinculado ao Programa Participa UFMG e à Pró-Reitoria de Extensão. Durante a graduação, foi pesquisadora e extensionista do Programa Pólos de Cidadania e pesquisadora do Programa Cidade e Alteridade: Convivência Multicultural e Justiça Rural-urbana, ambos sediados na Faculdade de Direito da UFMG. Participou da equipe do Centro de Apoio às Promotorias de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) como estagiária e realizou mobilidade acadêmica na Universidade de Coimbra (2014/1). Entre suas atuais áreas de interesse, destacam-se os direitos humanos, os estudos pós-coloniais e os estudos sobre desastres, memória, violência, testemunho, espaço e subjetividade. 

Letícia Barreto, Universidade Federal de Minas Gerais

Letícia Cardoso Barreto é doutora em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com área de concentração estudos de gênero, mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com área de concentração em Psicologia Social e psicóloga formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Realizou estágio pós-doutoral junto ao Observatório Interinstitucional Mariana-Rio Doce, vinculado ao Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com financiamento da CAPES/FAPEMIG. Atualmente ée professora substituta do departamento de psicologia da UFMG da área de Psicologia Social e Comunitária. Atua principalmente nas áreas de psicologia social e comunitária, direitos humanos, estudos de gênero e sexualidade, com enfoque na temática da prostituição e feminismo.

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Publicado

2019-12-31 — Atualizado em 2022-06-24

Versões

Como Citar

Mayorga, C., Carvalho, A., & Barreto, L. (2022). Narrativas en disputa: el desastre criminal de Samarco / Vale / BHP en Mariana (MG). Transformación Socio-Espacial, 1(1), 25–36. https://doi.org/10.22320/24525413.2019.01.01.02 (Original work published 31 de Dezembro de 2019)

Edição

Secção

Artículos