La participación ciudadana como motor de las políticas de vivienda: el caso de la ocupación del Hotel Cambridge

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22320/07196466.2024.42.066.01

Palabras clave:

participación ciudadana, ocupación, movimientos sociales, actores sociales, financiación de la vivienda

Resumen

Frente a la ineficiencia del Estado en la provisión de vivienda, se pretendió identificar posibilidades en la lucha por la vivienda social, teniendo como estudio de caso la Ocupación Hotelera de Cambridge, ubicada en el centro ampliado de la ciudad de São Paulo. El edificio, originalmente un hotel construido en la década de 1950 con incentivos fiscales limitados al Plan de Conmemoración del IV Centenario de la ciudad, terminó sus actividades en 2002. Fue expropiado en 2011 y ocupado por el Movimiento Sin Techo del Centro, en 2012. Luego de tensiones y participación en consejos participativos, el Movimiento obtuvo la donación del inmueble y una licencia en un programa federal de recalificación. A través de un análisis cualitativo del déficit habitacional del Brasil, concentrado en exceso de renta y precariedad de la propiedad, frente a políticas habitacionales centradas en la producción de unidades a través de programas de desarrollo en localidades periféricas, se entiende que el análisis de los determinantes de la factibilidad del estudio de caso puede contribuir a la discusión de las políticas y acciones gubernamentales. La metodología, basada en el campo procedimental, métodos observacionales y revisión de literatura, en el campo lógico se estructuró en los métodos dialéctico e inductivo de investigación, sistematización y análisis crítico de referencias bibliográficas y documentales y, en procesos empíricos, en el análisis cualitativo de entrevistas semiestructuradas y visitas de campo. Se concluyó que el poder de diálogo y formación de redes del Movimiento, y su estrategia basada en rodearse de actores que solidifican su lucha, contribuyeron a la viabilidad del Hotel Cambridge para su uso residencial. A partir de los datos analizados, también se defiende la innegable participación de los municipios para viabilizar la dotación de viviendas en zonas céntricas. Sin embargo, considerando el sesgo hegemónico identificado, la acción política de los movimientos sociales y la participación de la academia en su instrumentalización son de suma importancia para fortalecer la relación Capital-Estado y posibilitar la confrontación de políticas territoriales que contemplen el derecho a la ciudad.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Isidora Paiva-de-Morales, Caixa Económica Federal, Campinas, Brasil

Máster en Arquitectura y Urbanismo, Superintendencia de Vivienda.
Programa de Postgrado en Arquitectura y Urbanismo

Vera Santa-Luz, Pontificia Universidad Católica de Campinas, São Paulo, Brasil

Doctor en Arquitectura y Urbanismo.
Profesora e investigadora del Programa de Postgrado en Arquitectura y Urbanismo

Citas

AGIER, M. (2014). Do direito à cidade ao fazer-cidade. O antropólogo, a margem e o centro. Mana, 21(3), 483-498. https://www.scielo.br/j/mana/a/wJfG33S5nmwwjb344NF3s8s/?format=pdf&lang=Napt

Aurora Filmes (2016). Era o Hotel Cambridge. Filme longa-metragem. Direção Lili Caffé, São Paulo, SP.

BORGES, A., & MARQUES, L. (Orgs.) (2020) Coronavírus e as cidades no Brasil: reflexões durante a pandemia. Rio de Janeiro, RJ: Outras Letras.

Brasil. CASA CIVIL. SUBCHEFIA PARA ASSUNTOS JURÍDICOS. Lei 10.188 de 12 de fevereiro de 2001. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10188.htm

BUONFIGLIO, L. V. (2008). Os sem-teto do centro da cidade. Desafios do Desenvolvimento, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, IPEA, 5(46), 1. https://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=1000:catid=28&Itemid=23

CALDAS, M. F. (2015). Política urbana, ação governamental e a utopia da reforma urbana no Brasil (Tese de Doutorado). Escola de Arquitetura, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG. https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MMMD- A86J5X/1/tese_maria_caldas_vers_ofinal.pdf

Companhia de Habitação Popular do Estado de São Paulo (2015). Chamamento Público 02/15. http://cohab.sp.gov.br/Editais/docs/EDITAL__entidades_versao___09_10_15_Final.pdf

Constituição da República Federativa do Brasil. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

ENGELS, F. ([1873] 2015). Sobre a questão da moradia. São Paulo, SP: Boitempo.

Escola da Cidade (2019). MSTC: moradia como prática de cidadania. https://escoladacidade.edu.br/galeria-da-cidade/mstc-moradia-como-pratica-de-cidadania/#:~:text=MSTC%20–%20Moradia%20como%20Prática%20de,na%20Cidade%20de%20São%20Paulo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2023). População rural e urbana. IBGE Educa, IBGE. https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/18313-populacao-rural-e-urbana.html

HARVEY, D. (2013). Os limites do capital. São Paulo, SP, Boitempo.

Fundação João Pinheiro. (2018). Déficit habitacional e inadequação de moradias no Brasil: indicadores sociais 2015. Belo Horizonte, MG, FJP. http://www.bibliotecadigital.mg.gov.br/consulta/consultaDetalheDocumento.php?iCodDocumento=76871

Fundação João Pinheiro. (2021). Déficit habitacional e inadequação de moradias no Brasil: principais resultados para o período de 2016 a 2019. Belo Horizonte, MG, FJP. https://drive.google.com/file/d/1MgenDRYIfH10aYirjRYIKwJGHwIxulGq/view

Lei n. 11.888, de 24 de dezembro de 2008. (2008). Assegura às famílias de baixa renda assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social e altera a Lei no 11.124, de 16 de junho de 2005. Brasília, DF. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11888.htm

Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001. (2001). Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10257.htm

LEFEBVRE, H. (2001). O direito à cidade. São Paulo, SP. Centauro.

MARX, K. (2011). O Capital. Crítica da economia política: o processo de produção do capital. Livro 1. São Paulo, SP, Boitempo.

Ministério da Fazenda. Secretaria Especial da Fazenda. Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (2020, dezembro). Relatório de avaliação do Programa Minha Casa Minha Vida. https://www.gov.br/cgu/pt-br/assuntos/noticias/2021/04/cgu-divulga-prestacao-de-contas-do-presidente-da-republica-de-2020/relatorio-de-avaliacao-pmcmv.pdf

MARICATO. E. (1996). Metrópole na periferia do capitalismo: ilegalidade, desigualdade e violência. São Paulo, SP: Hucitec.

MARICATO. E. (s.d.). Conhecer para resolver a cidade ilegal. Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. https://labhab.fau.usp.br/2018/01/conhecer-para-resolver-a-cidade-ilegal/

MORAES, I. P. (2023). Residencial Cambridge: possibilidades na luta por habitação social (Dissertação de Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, SP.

MORAES, I. P., & LUZ, V. S. (2022, maio). Carmen Silva, líder do MSTC e a mídia: entre a criminalização dos movimentos sociais e a insurgência por moradias. Diálogo, 49, 01-08. https://www.revistas.unilasalle.edu.br/index.php/Dialogo/article/view/9436

MSTC, FLM. Movimento Sem Teto do Centro. (2014). https://mstc-flm.webnode.page/

MSTC, 13 ago. 2020. https://www.facebook.com/movimentosemtetodocentro/photos/pb.100069050783385.-2207520000./2831744037102259/?type=3&_rdc=1&_rdr

ROYER, L. O. (2009). Financeirização da política habitacional: limites e perspectivas (Tese de Doutorado). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16137/tde-19032010-114007/pt-br.php

RUFINO, M. B. C. (2015). Um olhar sobre a produção do PMCMV a partir de eixos analíticos. In Santo Amore, C., Shimbo, L. Z., & Rufino, M.B.C. (Orgs.). Minha Casa...e a Cidade? Avaliação do Programa Minha Casa Minha Vida em seis Estados Brasileiros (Cap. 3, pp. 51-70). Rio de Janeiro: Letra Capital.

SANTO AMORE, C., SAMPAIO, C., HIGUSHI, F., & PEREIRA, R. B. (2015, 24 de junho). Hotel Cambridge: por que não é possível construir HIS no centro de São Paulo?. Observa SP, Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo. https://observasp.wordpress.com/2015/06/24/hotel-cambridge-por-que-nao-e-possivel-construir-habitacao-de-interesse-social-no-centro-de-sao-paulo/

São Paulo (2022). Prefeitura assina 14 contratos com entidades para construção de 2.190 moradias pelo programa Pode Entrar. https://www.capital.sp.gov.br/noticia/prefeitura-assina-14-contratos-com-entidades-para-construcao-de-2190-unidades-habitacionais-pelo-programa-pode-entrar

Studio X Rio, Columbia GSAPP (Orgs.) (2019). As alternativas habitacionais dos movimentos sociais. 11ª Bienal de Arquitetura de São Paulo. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5360599/mod_resource/content/1/2017%20Studio%20X_Lutar%20Ocupar%20Resistir.pdf

United Nations. United Nations Human Rights. Office of the High Commisioner ([1948] 2023). Declaração Universal dos Direitos Humanos. https://www.ohchr.org/en/human-rights/universal-declaration/translations/portuguese?LangID=por

World Population Review (2023). World city populations. https://worldpopulationreview.com/world-cities

YZQUIERDO, M. R. (2016) Residência é sinônimo de moradia. https://www.academia.edu/44164921/Resid%C3%AAncia_%C3%A9_Sin%C3%B4nimo_de_Moradia_Marta_Ramos_Yzquierdo

Publicado

2024-07-31

Cómo citar

Paiva-de-Morales, I., & Santa-Luz, V. (2024). La participación ciudadana como motor de las políticas de vivienda: el caso de la ocupación del Hotel Cambridge. ARQUITECTURAS DEL SUR, 42(66), 08–25. https://doi.org/10.22320/07196466.2024.42.066.01

Número

Sección

Artículos