Aprendendo a conviver com os outros por meio do design. Comunidades de práticas e saberes menores
DOI:
https://doi.org/10.22320/07196466.2021.39.060.04Palavras-chave:
didática projetual, comunidades de práticas, saberes menores, pluriversidade, pedagogias críticasResumo
Questionar as formas como temos até agora compreendido o exercício arquitetônico com o intuito de repensá-lo não é um desafio exclusivo da prática profissional e da materialização de "outras obras". É também responsabilidade da esfera educacional no sentido de ampliarmos a forma como ensinamos e aprendemos arquitetura. Mediante uma experiência de ensino recente, centrada nas "comunidades de práticas" localizadas nas colinas de Valparaíso, propomos neste artigo imaginar um futuro para a nossa disciplina que seja mais relacional, afetivo e inclusivo; talvez menos "humanista" e mais humano ou até "muito mais do que humano". O título do curso, As boas artes de viver "com" outros "por meio" do design, aludia ao design como um conjunto de práticas que afetam fundamentalmente os nossos modos de estar juntos, capazes de articular formas alternativas e certamente locais de habitar. O objetivo dessa oficina foi dar lugar nos debates da arquitetura aos sujeitos não representados pelas metodologias e saberes mais habituais herdados da Modernidade. Face a eles, o curso convocou um tipo de "saberes menores", mais inclusivos e relacionais, capazes de interpretar melhor a condição ecodependente e interdependente que caracteriza o nosso radical estar no mundo. O objetivo final da oficina foi, portanto, problematizar o presente da arquitetura a partir de uma abordagem comprometida do design a essas "comunidades de práticas" e aos seus "saberes menores". Não porque estes sejam necessariamente melhores, mas porque incluem uma maior quantidade e diversidade de formas de vida.
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